Neste domingo (30), a Expo Barigui, em Curitiba, foi palco do 32º Festival do Imigrante Japonês, conhecido como Imin Matsuri, uma celebração que marca os 116 anos da imigração japonesa ao Brasil. O evento é uma verdadeira vitrine da rica cultura nipobrasileira, destacando gastronomia, artesanato típico, oficinas, exposições, apresentações de taiko, karaokê, artes marciais e danças japonesas.
Promovido pela Associação Cultural e Beneficente Nipo Brasileira de Curitiba — Nikkei Curitiba, o festival reuniu grande parte da comunidade japonesa da capital paranaense.
A presença ilustre do governador em exercício, Darci Piana, sublinhou a importância dos descendentes japoneses no Paraná.
O cônsul-geral do Japão em Curitiba, Yasuhiro Mitsui, destacou a significância desta celebração para uma das maiores comunidades japonesas do mundo. “Em junho de 1908, o primeiro navio japonês chegou ao Porto de Santos, e cerca de dois anos depois, os imigrantes começaram a se estabelecer no Paraná. Os pioneiros estabeleceram raízes na sociedade brasileira e essa herança é imensa para nós. As comunidades continuam a manter viva a cultura japonesa, o que atrai pessoas de diversas origens para celebrar juntas”, afirmou.
O Paraná abriga a segunda maior colônia de descendentes de japoneses do Brasil, estimada em cerca de 200 mil pessoas, ficando atrás apenas de São Paulo. As primeiras colônias japonesas começaram a se estabelecer em Curitiba a partir de 1912, e no Norte e Noroeste do estado a partir de 1914. No Brasil, reside a maior comunidade de nikkeis do mundo, com aproximadamente 2 milhões de pessoas nascidas fora do Japão.
Desde 1970, o Estado mantém uma relação de irmandade com a província japonesa de Hyogo, que se estende entre cidades dos dois estados. Curitiba é cidade-irmã de Himeji, Londrina de Nishinomiya, Maringá de Kakogawa, e Paranaguá de Awaji. Além disso, Assis Chateaubriand é cidade-irmã de Ajigasawa, na província de Aomori, e Londrina também possui laços de irmandade com a cidade de Nago, em Okinawa.