A equipe de jornalismo da Rádio Litorânea recebeu diversas denúncias de pais e responsáveis do bairro rural Riozinho, que relatam que seus filhos continuam sem aulas devido à falta de transporte escolar. Segundo os moradores, o problema já dura dois meses e, até o momento, não houve uma solução definitiva.
De acordo com os relatos, a situação foi resolvida apenas para a região do Descoberto, deixando novamente o Riozinho de lado. “Já observamos várias vezes ônibus circulando pelo centro da cidade com poucas crianças, enquanto nossos filhos continuam sem poder estudar”, desabafou uma mãe.
Além do impacto na educação, pais de crianças com necessidades especiais relatam que a falta de transporte também impede o acesso a terapias e atendimentos essenciais. “Meu filho, que é autista, precisa de cuidados especializados e terapias, mas estamos sem transporte para levá-lo”, afirmou uma mãe.
Os responsáveis já buscaram ajuda em diversos meios de comunicação do município, na esperança de que alguma providência seja tomada. Muitos afirmam que a situação é angustiante, pois seus filhos querem estudar, mas as famílias não têm condições financeiras para pagar nem se quer uma van particular.
A Constituição Federal, no Artigo 205, estabelece que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade”. No entanto, para os moradores do Riozinho, esse direito tem sido ignorado.
Enquanto aguardam uma solução, as crianças seguem sem acesso ao ensino, comprometendo seu aprendizado e desenvolvimento.