Crianças com pedras nos rins? Conheça os sintomas e tratamentos

Redação Litorânea
Foto: Photographee.eu - Fotolia

Cálculos renais, ou pedra nos rins, são formações endurecidas que se estabelecem nos rins ou nas vias urinárias, resultantes do acúmulo de cristais na urina, e geralmente provocam dor e desconforto. Embora seja um problema mais comum em adultos, os cálculos renais também podem acometer crianças de todas as idades. 

“A criança pode apresentar cálculos renais em qualquer fase. Tanto na fase inicial da vida, incluindo os bebês prematuros e neste caso também aqueles que estão em ambiente intensivo – o que aumenta o risco de desenvolver o problema. Quanto na fase dos 4 ou 5 anos, onde se registra a maior incidência, e a partir daí vai aumentando até a idade adulta. A incidência é em torno de 1% a 4% de pedra nos rins para a faixa etária pediátrica, o que não é desprezível”, explica Antonio Cesar Cillo, médico nefrologista pediátrico do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP). 

Nessa faixa etária, contudo, os sintomas são um pouco diferentes. Nos adultos, a principal manifestação de pedras nos rins é a cólica renal intensa. Nas crianças, geralmente há uma dor abdominal difusa, menos intensa, que pode surgir acompanhada de náuseas, palidez e vômitos. 

“Geralmente, a pedra nos rins é confundida com cólica intestinal, porém, se junto com a dor abdominal, houver hematúria, ou seja, a presença de sangue na urina, é bem possível que se trate de um cálculo renal e, aí, não se deve esperar para procurar atendimento médico”, orienta doutor Antônio. 

A investigação da condição normalmente começa com um exame de urina e depois solicita-se um exame de imagem, como ultrassom ou tomografia, para confirmar o diagnóstico do cálculo renal. 

Segundo o dr. Antonio, a maioria das crianças elimina pela urina os cálculos menores – o que eventualmente pode ser doloroso, mas de forma geral, elas toleram bem.

“Cálculos maiores exigem a retirada, que pode ser feita por meio de um procedimento de litotripsia, ou seja, ondas de choque direcionadas ao local. Elas quebram, implodem a pedra, e os fragmentos são eliminados com mais facilidade. Há também outros tipos de cirurgias com essa finalidade, que podem variar conforme o tamanho do cálculo”, explica. 

O médico destaca que é importante evitar o consumo de refrigerantes e alimentos ultraprocessados, e que água e frutas cítricas são grandes protetores da formação de pedras nos rins. 

Quanta água a criança deve tomar?

O dr. Antonio detalha a quantidade diária de água recomendada para cada idade:

  • 6 a meses a 1 ano: de 800 ml a 1 litro;
  • 1 a 3 anos: cerca de 1,3 litros;
  • 3 a 8 anos: 1,5 litros;
  • Acima de 8 anos: 2 litros.

Até os 6 meses de idade, a recomendação é o aleitamento materno exclusivo e outros líquidos, incluindo água, não devem ser ofertados ao bebê. Nos casos em que o bebê nessa idade é alimentado por fórmula, o pediatra deverá orientar sobre a oferta de água. 

Fonte: Uol/Drauzio Varella – Maiara Ribeiro

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