Após dois meses com a bandeira tarifária no nível vermelho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, em novembro, a bandeira será amarela. Com isso, haverá uma cobrança extra de R$ 1,885 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia elétrica consumidos, uma redução significativa em comparação ao mês de outubro, quando a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara de todas, estava em vigor, com cobrança de R$ 7,877 a cada 100 kWh.
A Aneel justificou a mudança na bandeira tarifária pela melhoria das condições de geração de energia no país, embora tenha ressaltado que a previsão de chuvas e vazões nas regiões das hidrelétricas ainda está abaixo da média. Esse cenário continua exigindo a utilização de usinas termelétricas, o que gera custos adicionais.
Desde abril de 2022, uma sequência de bandeiras verdes (sem cobrança extra) havia se mantido, mas foi interrompida em julho deste ano, com a bandeira amarela. Em agosto, a bandeira voltou a ser verde, porém o agravamento das condições climáticas, com ondas de calor e secas, levou à adoção da bandeira vermelha patamar 1 em setembro e, em outubro, à bandeira vermelha patamar 2.
As bandeiras tarifárias, implementadas em 2015, refletem os custos de geração de energia no Brasil. Elas variam de verde (sem acréscimo) para amarela e vermelha, dependendo das condições de geração. A cobrança extra é uma forma de compensar os altos custos da energia produzida por usinas termelétricas em momentos de escassez hídrica.
Com a bandeira amarela em novembro, os consumidores podem ajustar seu uso de energia para reduzir o impacto na conta de luz, conforme orienta a Aneel.