Como a maior seca da história afeta a economia e o seu bolso

Biatriz Borges David
foto: Olhar Digital

O Brasil enfrenta a pior seca de sua história recente, segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).

O cenário preocupa e pode levar a uma série de reflexos negativos na economia brasileira. O solo seco e os baixos níveis dos rios prejudicam não só as safras agrícolas como também a geração de energia elétrica, o custo de combustíveis e o transporte de cargas pelo país.

 Impactos na geração de energia elétrica:

A principal consequência inicial da seca é o encarecimento da conta de luz. A bandeira tarifária foi alterada de verde, em que não há cobrança extra pelo consumo de energia, para a vermelha patamar 2, a mais cara e que adiciona R$ 8,00 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos pelas famílias.  

As hidrelétricas são as principais fonte de energia do país, com 51,6% do total da carga produzida.

Os alimentos ficam mais caros:

O desabastecimento de produtos agrícolas, resultando das quebras de safras e perda de alimentos. Os prejuízos na produção causam choques, que infelizmente acontecem quando um produto passa a ter uma disponibilidade menor no mercado, e por isso, seus preços sobem.

Inflação e juros:

Existe uma tendência cada vez maior de que a inflação fique acima da meta do Banco Central devido aos choques que o Brasil tem enfrentado.O centro da meta do Banco para 2024 é de uma inflação de 3%. No entanto, ela será considerada cumprida se terminar o ano em um intervalo entre 1,5% e 4,5%.

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