Cidades de Santa Catarina próximas ao Rio Grande do Sul registraram nas últimas 48 horas volumes de chuva expressivos, de acordo com a Defesa Civil. Em pelo menos seis municípios do sul catarinense que estão próximos ao norte gaúcho os temporais superaram 200 milímetros nas últimas 48 horas, de acordo com dados atualizados no início da tarde deste domingo (12).
O maior volume foi registrado em Praia Grande, conhecida como Capital Catarinense dos Canyons, que chegou a 282 milímetros entre 12h de sexta-feira e 12h de domingo. O trecho de uma rodovia foi arrastado pela força da água.
A prefeitura ainda cancelou a realização de um evento esportivo previsto para este fim de semana e suspendeu aulas na rede municipal na segunda-feira (14).
Em outras cidades da região, que estão na relação das que receberam maior volume de chuva, há a ocorrência de alagamentos e prejuízos, como em Sombrio, Balneário Gaivota e Jacinto Machado.
Em Sombrio, famílias estão sendo retiradas de casa em alguns bairros a partir da elevação dos rios da região. Houve também deslizamento de terra de parte da estrada de acesso à comunidade de Santa Fé.
Em Jacinto Machado, até às 16h de domingo, eram duas famílias desalojadas e uma pessoa desabrigada, a partir da elevação dos rios da região, que causaram alagamentos em oito bairros.
Confira as cidades com maior volume nas últimas 48 horas:
Cidades do sul catarinense com maior volume de chuva nas últimas 48 horas — Foto: Defesa Civil/Divulgação
A presença de fortes chuvas e ventos no sul de Santa Catarina acontece pela influência de um ciclone extratropical que afeta o norte do Rio Grande do Sul e pelo avanço de um sistema de alta pressão atmosférica. A Defesa Civil alerta para ocorrências no litoral.
“Mar muito agitado e com risco de ressaca entre a segunda (13) e a quarta-feira (15) em todo o litoral catarinense. São esperadas ondas de quadrante sul, com alturas entre 3,0 m e 3,5 m na costa e picos de até 4,0 m em alto mar no Litoral Sul e Grande Florianópolis. No Litoral Norte, a altura das ondas varia entre 2,0 e 2,5 m, com picos de 3,0 m em alto mar, também de quadrante sul”, detalha o órgão.
Para as regiões, o risco varia de moderado a alto para ocorrências como erosão costeira e perigo para atividades como esportes náuticos, navegação e pesca.