Censo 2022: Paraná tem o 3º maior índice de ocupação de imóveis do Brasil

Aly Moultaka
Foto: Arnaldo Alves/ANPr - 2017

Com 83,7%, o Paraná é um dos estados que possui o maior índice de imóveis permanentemente ocupados do Brasil, conforme dados do Censo Demográfico 2022, divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Entre as unidades da Federação, o Estado está atrás apenas do Distrito Federal, que possui uma taxa de 84,2%, e aparece praticamente empatado com Roraima, que possui os mesmos 83,7% de ocupação.

No total, o Paraná teve um acréscimo de quase 1,3 milhão de domicílios nos últimos 12 anos, passando de 3,75 milhões para pouco mais de 5 milhões, sendo o 6º maior neste quesito e se aproximando do Rio Grande do Sul, o 5º colocado com 5,3 milhões.

De acordo com os dados do IBGE, há 4,21 milhões de domicílios espalhados pelos 399 municípios paranaenses que encontram-se ocupados de forma permanente, o 6º maior em números absolutos. 

Ainda de acordo com os dados do IBGE, à frente do Paraná, estão São Paulo (16,2 milhões), Minas Gerais (7,5 milhões), Rio de Janeiro (6,1 milhões), Bahia (5,1 milhões) e Rio Grande do Sul (4,25 milhões).

Entre os municípios paranaenses com maiores índices de ocupação, o maior destaque é para a região Sudoeste do Estado, que possui as quatro cidades com menos imóveis vagos: Santo Antônio do Sudoeste (99,8%), Santa Izabel do Oeste (97,9%), Salto do Lontra (96,2%) e Bela Vista da Caroba (94,8%).

Na outra ponta, estão cidades conhecidas pelo alto volume de casas de veraneio, como o Litoral do Estado, incluindo Pontal do Paraná (31,8%), Matinhos (33,4%) e Guaratuba (43%).

Bem como os municípios localizados nas chamadas praias de água doce na região Noroeste, como Porto Rico (40,5%), Alvorada do Sul (59,5%) e São Pedro do Paraná (60,2%).

  • POUCOS DOMICÍLIOS IMPROVISADOS

Além do baixo índice de desocupação, o Paraná também aparece como o 4º estado com menor proporção de domicílios improvisados, com uma taxa de 0,048% do total (2.431).

Segundo o IBGE, se encaixam nesta categoria locais como lojas, fábricas, prédios em construção, vagões de trem, carroças, tendas, barracas, grutas, entre outras que serviam de moradia quando foi realizado o trabalho de campo do instituto.

Os recenseadores também identificaram a existência de 812 mil moradias particulares permanentes não ocupados no Paraná (16,15% do total).

Destes, 540 mil estão vagos e 272 mil são de uso ocasional, utilizados pelas famílias em datas específicas, como fins de semana, férias e feriados.

  • LITORAL

Entre os municípios paranaenses com maior proporção de residências de uso ocasional estão Pontal do Paraná, com 61,3%, e Matinhos, com 61,1%, que figuram na 9ª e 10ª colocação nacional neste indicador, respectivamente. 

Além do aumento no número de casas de veraneio, as duas cidades registraram expressivos aumentos em relação aos moradores, passando de 20.920 para 30.425 no caso de Pontal do Paraná (45,43%) e de 29.428 para 39.259 no caso de Matinhos (33,41%).

Obras como a revitalização da orla de Matinhos, com consequente engorda da faixa de areia, e projetos como a duplicação da PR-412 entre as duas cidades e a construção da ponte de Guaratuba ajudam a explicar a alta no interesse de moradores e turistas pelo Litoral na última década.

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