No último domingo, 16 de outubro, o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues, da Rede, apresentou um pedido de investigação junto ao Supremo Tribunal Federal, o STF e a Procuradoria-Geral da República, sobre a declaração do atual Presidente, Jair Bolsonaro, sobre menores venezuelanas.
A declaração foi dada em uma entrevista ao canal do Youtube, na última sexta-feira, 14 de outubro, Bolsonaro disse que: “durante um passeio de moto pela comunidade de São Sebastião, avistou meninas de 14 e 15 anos e que pintou um clima antes de pedir para ir à casa delas”, o Presidente declarou que as menores estariam se arrumando para “ganhar a vida”.
O Senador solicitou a investigação pois entende que o Presidente cometeu três possíveis crimes, sendo eles: prevaricação; estupro de vulnerável e favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou vulnerável.
No pedido de Randolfe Rodrigues há uma solicitação de tomada de depoimento urgente de Bolsonaro, bem como a responsabilização por omissões e a aplicação de medidas de proteção às vítimas, mulheres menores e refugiadas.
Na inicial o Senador sustenta que: “As falas de Bolsonaro revelam possíveis atitudes criminosas relacionadas à exploração de menores e omissão diante de um caso que deveria ter sido denunciado imediatamente às autoridades. Os fatos exigem apuração e responsabilização imediata”.
Na madrugada do último domingo, 16 de outubro, o Presidente fez uma transmissão ao vivo pelas redes sociais dizendo que a fala foi distorcida, Bolsonaro disse: “O que eu fiz naquele momento? Eu mostrei minha indignação. Eu estava na região periférica de Brasília com a minha moto. Quando eu parei, eu vi umas meninas de uns 14, 15 anos, bem arrumadas, meninas humildes. Aí eu pedi para entrar na casa delas. Entrei com umas dez pessoas comigo”.
Na chegada aos estúdios da TV Bandeirantes, em São Paulo, para a participação no debate eleitoral com o ex-presidente e atual candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, o PT, o atua Presidente, Jair Bolsonaro, do Partido Liberal, no último domingo, 16 de outubro, afirmou:
“Eu passei as piores 24h da minha vida, onde fui acusado de forma covarde e sórdida de praticar a pedofilia. Tentaram atingir minha honra naquilo que tenho de mais sagrado defesa da família e a inocência das nossas crianças. A minha indignação não tem tamanho”.
O Presidente afirmou que a decisão do Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Alexandre de Moraes, de retirar os vídeos sobre as meninas venezuelanas do ar, colocou um “ponto final” e que a decisão “enterra” o assunto.
Bolsonaro disse que: “A decisão do senhor Alexandre de Moraes enterra esse assunto. Querer dizer que sou pedófilo é um crime, uma falsa acusação”; continuando, o atual Presidente afirmou: “Ele é bem claro na sua decisão. Foi descontextualizado, foram feitos recortes para dar a entender que fui para dentro da casa de venezuelanas para praticar pedofilia”.
Pensando em minorar os efeitos de mais uma crise há 13 dias do segundo turno, a campanha do atual Presidente, Jair Bolsonaro, quer que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, visite a região administrativa de São Sebastião, no Distrito Federal, nos próximos dias.
A ideia da campanha do candidato a reeleição é que Michelle converse com as adolescentes refugiadas que vivem na periferia de Brasília; a agenda deverá contar com a presença da Senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves, do Republicanos, ex-ministra da Mulher do atual Governo.