Brasil lidera ranking de casos de dengue em 2024 com mais de 6 milhões de registros

Cleomar Diesel
Foto: Gabriel Rosa/AEN-PR

O Brasil enfrenta uma grave epidemia de dengue em 2024, com mais de 6 milhões de casos prováveis registrados até o momento. Desses, mais de 3 milhões foram confirmados em laboratório, colocando o país em primeiro lugar no ranking mundial de notificações da doença. A Argentina segue com 420 mil casos prováveis, o Paraguai com 257 mil e o Peru com quase 200 mil casos.

Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que já contabiliza um total de 7,6 milhões de casos prováveis de dengue em todo o mundo neste ano, sendo 3,4 milhões confirmados. A entidade também aponta mais de 3 mil mortes causadas pela doença, com transmissão ativa em 90 países.

Vacinação

A OMS enfatiza que a vacinação contra a dengue deve ser parte de uma estratégia integrada de combate à doença, incluindo o controle de vetores, gestão adequada dos casos e envolvimento comunitário. “A OMS recomenda o uso da TAK-003, única vacina disponível, em crianças de 6 a 16 anos em locais com alta intensidade de transmissão de dengue”.

A vacina Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda, é atualmente utilizada no Brasil e começou a ser aplicada na rede pública de saúde em fevereiro deste ano. Devido à quantidade limitada de doses fornecidas pelo fabricante, a vacinação está sendo direcionada apenas a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

Panorama global

Com a crescente incidência de dengue, a OMS reforça a necessidade de ações coordenadas entre os países afetados. A alta taxa de transmissão e as consequências severas da doença tornam urgente a implementação de medidas preventivas e de controle, além de campanhas de vacinação mais abrangentes e eficazes.

Conclusão

O cenário atual da dengue no Brasil e no mundo exige atenção redobrada das autoridades de saúde e da população. A adoção de práticas preventivas, o controle dos mosquitos transmissores e a ampliação da cobertura vacinal são essenciais para conter a disseminação da doença e reduzir o número de casos e óbitos.

Compartilhe este Artigo