Bebê de um mês é o primeiro caso de coqueluche em Guaratuba; Paraná já registra 302 casos e um óbito

Helio Marques
A Secretaria de Estado da Saúde ressalta a importância da vacina para evitar a coqueluche. Foto: Sesa.

O boletim epidemiológico da coqueluche, divulgado na semana passada, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), mostra que Guaratuba registrou um caso da doença. Em todo o litoral, dentro da 1ª Regional de Paranaguá, são 16 ao todo. No estado já foram registrados, desde o início do ano, 302 casos e um óbito.

O caso de Guaratuba é de um bebê, de um mês, que estava internado. O caso foi investigado pelo Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, de Curitiba, no início de agosto.

O exame, na época, deu positivo. O bebê, que mora com a avó em Guaratuba, recebeu o tratamento adequado e agora está bem. Não foi possível detectar se ele contraiu a doença na cidade ou em Curitiba.

NÚMEROS SOBEM – De acordo com o boletim da Sesa, os números continuam a subir, totalizando os 302 casos. Por ser altamente transmissível e prevenível, a Secretaria de Estado da Saúde alerta a população sobre a importância de manter atualizada a vacinação contra a doença.   

Conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2019 o Paraná registrou 101 casos de coqueluche, em 2020 foram 26, em 2021 nove, em 2022 foram cinco casos e no ano passado 17.

A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. Estima-se que uma pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outros indivíduos. 

A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.

SINTOMAS – Apesar dos sintomas serem parecidos com os de um resfriado, com febre, tosse, coriza, dores no corpo e cansaço, sem tratamento adequado a tosse pode aumentar consideravelmente.

A doença acomete principalmente crianças e lactentes até os seis meses de idade e a vacinação é a principal forma de controle. O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nos postos de saúde do estado.

“Os municípios possuem estoque das vacinas utilizadas para a proteção e imunidade das crianças. O Ministério da Saúde (MS) publicou uma nota técnica com alerta sobre a ocorrência da coqueluche no país. O Paraná segue as orientações e se mantém vigilante quanto à doença”, ressalta o secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.

COBERTURA VACINAL – A imunização contra a doença nas crianças ocorre por meio da vacina pentavalente e DTP. A primeira deve ser aplicada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida. Já a DTP deve ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos. Atualmente as coberturas vacinais estão em 88,73% e 86,12%, respectivamente. Já para a dTpa, destinada aos trabalhadores da saúde e da educação e gestantes, a cobertura é de 68,93%.

Você pode ter mais informações sobre a coqueluche diretamente na página da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), AQUI.

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