Bebê de 1 ano morre após cirurgia para remover feto dentro de sua cabeça

Cleomar Diesel

Um caso trágico chocou médicos e especialistas na China, onde um bebê de apenas 1 ano faleceu após uma cirurgia para a remoção de um feto que se desenvolveu dentro de sua cabeça. A condição extremamente rara, conhecida como fetus in fetu (FIF) ou gêmeo parasita, foi descoberta durante um exame detalhado da criança.

O incidente foi detalhado pela revista científica American Journal of Case Reports na última sexta-feira (21). Segundo o relato, o feto removido media aproximadamente 18 centímetros e já possuía características desenvolvidas como braços, olhos e cabelo.

O bebê, cuja mãe havia notado um atraso no desenvolvimento motor, passou por exames que revelaram um aumento anormal no perímetro cefálico durante a gestação. Após o nascimento, aos 37 semanas, a criança apresentava dificuldades significativas no desenvolvimento motor, limitando-se a dizer apenas a palavra “mãe”.

Uma tomografia computadorizada revelou a presença de tecidos e estruturas semelhantes a membros dentro do crânio da criança, inicialmente suspeitados como sendo um tumor. Após a confirmação do diagnóstico de FIF, foi realizada uma cirurgia para a retirada do feto, no entanto, a criança enfrentou complicações graves, incluindo convulsões que não puderam ser controladas.

Apesar dos esforços médicos, o bebê não resistiu e veio a falecer 12 dias após a operação.

O que é Fetus in Fetu? O fetus in fetu é uma condição extremamente rara na qual um feto malformado é encontrado dentro do corpo de seu gêmeo. Durante o desenvolvimento fetal, um embrião pode ser envolvido pelo outro, continuando a se desenvolver de maneira rudimentar dentro do corpo do gêmeo saudável. A causa exata desta condição ainda não é completamente compreendida pela medicina.

Este caso específico ressalta os desafios e a complexidade envolvida no diagnóstico e tratamento do FIF, refletindo a necessidade contínua de pesquisa e vigilância médica para lidar com condições tão raras e delicadas.

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