Animais de estimação, como cães e gatos, não são os únicos a sofrer com os estímulos provocados pelos fogos de artifício, especialmente no final do ano. Mais uma vez, o apresentador de TV Marcos Mion fez um alerta sobre outro grupo vulnerável diante da queima de fogos: as pessoas que têm Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Marcos Mion, pai de Romeo Mion, diagnosticado com TEA, usa costumeiramente as redes sociais para pedir às pessoas que evitem soltar fogos de artifício na virada do ano por um bem maior. Ele enfatizou a importância de considerar todos os autistas que entram em crise devido ao barulho, assim como os animais que entram em pânico.
Indivíduos com TEA podem apresentar hipersensibilidade a estímulos visuais e sonoros. A professora Rosângela Gomes, do Departamento de Terapia Ocupacional da UFMG, explicou que os fogos de artifício podem afetá-los negativamente devido à intensidade dos estímulos auditivos e visuais na noite de Ano Novo.
Para proteger os portadores de TEA, é possível adotar medidas preventivas, como proporcionar um ambiente conhecido e confortável, além de utilizar algodão nos ouvidos ou fones de ouvido para diminuir a intensidade dos sons. Em caso de crise, a comunicação e a tentativa de acalmar a pessoa são essenciais.
Os fogos também afetam de forma contundente os animais, especialmente gatos e cães, que têm o sentido auditivo mais aguçado, o que pode provocar diversos problemas, como convulsões e complicações cardíacas, além da tentativa de fugir do local onde estejam.
Recomenda-se utilizar tampões de algodão, faixas protetoras e música clássica para acalmar os animais, mantendo o ambiente o mais tranquilo possível. O compartilhamento de vídeos, matérias e imagens nas redes sociais também pode ajudar a conscientizar as pessoas sobre os impactos negativos dos fogos para os animais e autistas.