Aumento de 18% em casos de desaparecimento no Paraná: um alerta para as autoridades e comunidade

Biatriz Borges David
foto - Bem Paraná

No Paraná, o número de casos de desaparecimento tem aumentado significativamente, gerando preocupação entre autoridades e a população. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, entre janeiro e julho de 2024, foram registrados 2.430 desaparecimentos, um aumento de 18% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando 2.060 casos foram reportados.

A maioria dos desaparecimentos concentra-se nas regiões metropolitanas de Curitiba e Londrina, porém, há um aumento considerável também em áreas rurais e no litoral do estado. Jovens adultos e adolescentes representam a maior parte dos desaparecidos, com 60% dos casos envolvendo pessoas entre 15 e 29 anos.

Neste 30 de agosto, Dia Internacional das Pessoas Desaparecidas, é fundamental lembrar e honrar aqueles que ainda estão desaparecidos e renovar o compromisso em buscá-los. O dia serve como um chamado à sociedade para relembrar a humanidade compartilhada e a importância de não deixar essas pessoas caírem no esquecimento.

As autoridades têm se mobilizado para enfrentar esse problema crescente. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) intensificou suas investigações, utilizando tecnologias avançadas como o reconhecimento facial e a análise de dados em redes sociais. Entretanto, a escassez de recursos e a alta demanda impõem desafios às equipes.

Em resposta, a Secretaria de Segurança Pública lançou uma nova campanha de conscientização, incentivando a população a fornecer informações que possam ajudar na localização dos desaparecidos. Foram também criados centros de apoio psicológico para as famílias que sofrem com a angústia da ausência de entes queridos.

Dados recentes indicam que mais de 1.400.000 pessoas desaparecem anualmente no Brasil, o que coloca em evidência a necessidade urgente de políticas públicas preventivas, especialmente voltadas à proteção dos jovens. Especialistas ressaltam que a colaboração entre autoridades, comunidade e organizações não governamentais é essencial para conter esse problema alarmante e garantir a segurança de todos os cidadãos.

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