Atleta de remo de Pelotas passou mal, antecipou retorno e escapou de tragédia

Cleomar Diesel
Brenda Madruga esteve com a equipe de Pelotas em São Paulo, mas retornou dois dias antes (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Brenda Madruga, uma jovem atleta de 18 anos do Projeto Remar Para o Futuro, da cidade de Pelotas (RS), viveu um verdadeiro livramento ao escapar de uma tragédia que vitimou nove de seus colegas de equipe. Brenda estava entre os atletas que viajavam para São Paulo para participar do Campeonato Brasileiro de Remo Unificado, mas devido a um mal-estar, decidiu retornar para casa dois dias antes do acidente.

No dia 11 de outubro, Brenda embarcou com seus colegas e o treinador na van que os levaria até São Paulo. A equipe chegou à capital paulista e iniciou os preparativos para a competição. No entanto, na sexta-feira, 18 de outubro, um dia antes do campeonato, Brenda passou mal e, preocupada com sua saúde, retornou com sua mãe de ônibus para Pelotas, antecipando a volta.

A atleta assistiu de casa, emocionada, às conquistas da equipe, incluindo as medalhas de ouro e prata de seu namorado, Henry Fontoura Guimarães, um dos remadores da equipe. O que era motivo de comemoração se transformou em luto quando, no domingo, 20 de outubro, a van que transportava seus colegas sofreu um acidente fatal na BR-376, em um trecho de serra entre o Paraná e Santa Catarina, tirando a vida de nove das dez pessoas a bordo, incluindo seu namorado, seis colegas de treino e o treinador.

Brenda compartilhou um emocionante texto em homenagem a Henry, que conquistou o primeiro ouro no esporte e com quem ela viveu momentos inesquecíveis. Na mensagem, ela descreveu o amor que sentia pelo namorado e a profunda dor pela perda, mas também destacou a luz e a alegria que ele espalhava por onde passava.

“Amor, eu sei que não adianta eu escrever isso, eu queria tanto te dar um último beijo, um último abraço… Mas eu sei e todos sabemos que você é um ser de muita, muita luz. Você espalhava alegria por todo lugar que ia.”

A história de Brenda é uma mistura de tristeza e alívio, marcada por um livramento inesperado que a poupou de uma tragédia imensurável. Agora, ela enfrenta a dor da perda, mas carrega consigo as memórias e o legado de quem se foi.

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