Após pressão de vereadores e estudantes, Antonina realiza cadastro para transporte universitário

Redação Litorânea

A Secretaria Municipal de Educação de Antonina, no litoral do Paraná, deu início na última sexta-feira (10) ao cadastro para transporte de universitários com destino a Paranaguá e Matinhos. O cadastro teve início após pressão dos vereadores que aprovarem por unanimidade, no dia 24 de maio, um pedido de esclarecimentos sobre a inexistência do serviço apesar de uma legislação municipal garantir o transporte.

De acordo com o comunicado da Prefeitura, os interessados devem comparecer na Secretaria Municipal de Educação das 08h30 às 17h e apresentar os seguintes documentos: cópia de RG, CPG, declaração de matrícula, comprovante de residência e duas fotos 3 x 4.

Alunos contam que desde 2020 enfrentam dificuldades, que se agravou com o retorno das aulas presenciais. Camila da Cruz Oliveira, de 24 anos, estuda Gestão e Empreendedorismo na UFPR, campus Matinhos.

“Entrei no curso em 2020, nesse período precisei do ônibus, mas só colocaram depois de quase duas semanas, no dia 9 de março. Então teve o cenário pandêmico, quando as faculdades foram fechadas. Agora em 2022, com a volta às aulas em março, ainda não tinha a previsão de retorno e, atualmente em junho continua na mesma situação”, comentou.

A universitária afirma acreditar que o transporte oferecido pela prefeitura de Antonina nunca tenha realmente funcionado.

“Desde 2020 eles contam a mesma história, de que o ônibus precisa de conserto, fora os outros anos”, diz.

Gabriel Hess de Oliveira, de 22 anos, que sai de Antonina a Paranaguá diariamente para estudar o curso Letras – Português, na Unespar. Ele começou a faculdade em 2019 e conta que, naquele ano, teve o transporte gratuito oferecido pela prefeitura de maneira regular. Porém, ele reforça que em 2020 os problemas começaram.

“Em 2020, pouco antes da pandemia, ficamos três semanas sem a locomoção e dependíamos da Graciosa. E então, começou a pandemia e as aulas foram paralisadas”, diz.

Assim que as aulas presenciais retornaram, em 2022, Gabriel afirma que em nenhum momento a prefeitura ofertou o transporte aos universitários e que ele gasta aproximadamente R$ 300,00 mensais com o deslocamento.

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