Desde que o ciclone atingiu Itapoá no dia 10 de agosto causando diversos danos na cidade, como destelhamento de inúmeras residências, estabelecimentos comerciais, queda de postes e de árvores, danos às vias públicas, as ocorrências pós-evento climático continuam. Depois dos alagamentos ocasionados pela elevação dos níveis dos rios, agora está acontecendo a ressaca das marés que levaram ao agravamento da erosão costeira, processo intenso, recorrente e gradativo em Itapoá.
Neste final de semana, erosão da Rua do Príncipe, no Balneário Cambiju causou fortes danos em oito imóveis, destruiu por completo a via, danificou postes de energia e a rede de distribuição de água, o que deixou os moradores em situação de extrema emergência, sendo obrigados evacuarem as residências.
“Itapoá está passando, há alguns dias, por problemas de ordem de situação de emergência e a ressaca do mar é o terceiro evento de calamidade pública derivado do ciclone que acometeu nossa cidade. Estamos continuamente em contato com o governo do estado que já está nos ajudando para que montemos uma força-tarefa e, em conjunto, e por conta das questões financeiras e orçamentárias, consigamos colocar pedras para o enroncamento e, ao mesmo tempo, reaviar o trecho. A previsão é de que, nesta semana, consigamos juntar essa força com a Defesa Civil estadual para executarmos a obra”, afirma Marlon Neuber, Prefeito de Itapoá.
Na avaliação de Defesa Civil Municipal logo após o ciclone, os custos de contenção do avanço do mar no local ficariam em cerca de R$ 450 mil, porém, com o agravamento deste final de semana, esses valores tendem ser bem maiores. A Defesa Civil Estadual esteve em Itapoá para fazer a avaliação dos danos para emissão de parecer técnico. “O problema é que Itapoá teve alagamento, vendaval e mais erosão costeira, ou seja, três eventos e um único processo. Agora está sendo feita a juntada de documentos para análise e homologação do decreto de situação de emergência”, afirma o Coordenador Regional da Defesa Civil, Edval Pereira.