Na manhã da última quarta-feira, 25 de maio, representantes da Defensoria Pública e da OAB do Rio de Janeiro estiveram na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte da Cidade, para averiguar a região onde aconteceu o confronto que deixou, até então, 26 mortos.
Durante a visita, Rodrigo Mondego, Procurador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, afirmou que diante das provas constatadas no local, existe a suspeita que durante a ação, realizada na terça feira, 24 de maio, houve a prática de tortura e de execuções na operação que deixou 26 mortos e diversos feridos na Vila Cruzeiro.
A operação conjunta entre a Polícia Militar do Rio de Janeiro e a Polícia Rodoviária Federal, aconteceu durante a última terça-feira, 24 de maio, a operação deflagrada na Vila Cruzeiro tinha a intenção de prender chefes do Comando Vermelho e suspeitos vindos de outros Estados, que estariam, supostamente, escondidos no Complexo da Penha.
De acordo com informações do Comando da Polícia Militar do Rio de Janeiro, a operação foi, supostamente, planejada há meses, porém, foi deflagrada de maneira emergencial para impedir uma migração destes comandantes para a Favela da Rocinha.
Ao todo, a desastrosa e sanguinária operação durou mais de 12h, relatos de moradores dão conta de que foram 12h de muitos tiros e terror para a população; a ação já é considerada a segunda mais letal da história do Rio de Janeiro, atrás apenas da chacina do Jacarezinho, que ocorreu em maio de 2021 e deixou 28 pessoas mortas.