Após 24 anos em coma, paciente misteriosa morre no Espírito Santo

Cleomar Diesel
foto SBT

Na noite de quinta-feira (14), faleceu Clarinha, a paciente misteriosa que estava em coma desde o ano 2000 no Hospital da Polícia Militar (HPM), em Vitória, no Espírito Santo. A história de Clarinha começou em 12 de junho de 2000, quando ela fugiu de um perseguidor não identificado e acabou sendo atropelada por um ônibus no centro da cidade.

No momento do acidente, a paciente não possuía nenhuma identificação, o que dificultou a busca por seus familiares. Ela foi conduzida ao antigo Hospital São Lucas, onde passou por diversas cirurgias, porém, teve o cérebro gravemente afetado e entrou em um estado de coma profundo.

“Sem documentos e com as digitais desgastadas, buscou-se, em um primeiro momento, encontrar algum conhecido entre as testemunhas do acidente, mas ninguém tinha informações da paciente. Em seguida, Clarinha foi transferida para o HPM”, explicou o Ministério Público do Espírito Santo.

Desde sua transferência para o HPM em 2001, Clarinha permaneceu no hospital até seu último dia de vida. Mesmo após anos de busca por seus familiares, não foi possível encontrar nenhum parente consanguíneo da paciente.

“Infelizmente, ela descansou sem que um parente consanguíneo pudesse ser identificado. Clarinha continuou no quarto do HPM sob os cuidados dos profissionais do hospital e recebendo a atenção do coronel aposentado Potratz”, informou o HPM.

Durante a investigação sobre a identidade de Clarinha, foi revelado que ela possuía marcas de cesárea, indicando que teve um filho. Estima-se que a paciente faleceu aos 45 anos, de acordo com cálculos realizados pelos profissionais do hospital.

O mistério que envolveu a identidade de Clarinha por mais de duas décadas ainda não foi solucionado, deixando perguntas sem resposta sobre sua vida e história. O caso serve como um lembrete da importância de cuidar da segurança pessoal e da necessidade de manter-se identificado em situações de emergência.

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