A capital federal, Brasília, está em polvorosa após o recente pleito municipal e o desempenho aquém do esperado do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições. Segundo informações do jornalista Claudio Humberto, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), está em busca de um cargo ministerial com um gabinete no Palácio do Planalto, na reforma ministerial que ela acredita estar prestes a acontecer, possivelmente no início de 2025.
Gleisi Hoffmann almeja a Casa Civil, atualmente ocupada por Rui Costa, mas estaria disposta a aceitar o cargo de substituta de Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais, que enfrenta críticas até mesmo entre aliados do governo. Essa busca por um cargo ministerial se dá no contexto das mudanças no tabuleiro do poder, não apenas devido aos resultados das eleições municipais, mas também com vistas às alterações que podem ocorrer após as eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.
Em entrevista, Padilha admitiu que a avaliação de Lula ao final de seu terceiro mandato deve ser pior do que nos mandatos anteriores, uma declaração que acende ainda mais os holofotes sobre sua posição no governo. Além disso, outro cargo que pode se abrir para Gleisi é a Secretaria-Geral da Presidência, já que o atual titular, Márcio Macedo, também é alvo de críticas públicas por parte do presidente Lula e pode ser substituído.
As movimentações políticas em Brasília não param por aí. Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, está sendo cotado para o cargo no Itamaraty, ciente de que suas chances de reeleição ao Senado em Minas Gerais são baixas. Por outro lado, o presidente da Câmara, Arthur Lira, já deixou claro que não aceitará um ministério no governo Lula.
Essas mudanças no cenário político sinalizam um momento de reconfiguração do poder em Brasília, enquanto o governo tenta se adaptar aos novos desafios impostos pelo resultado das eleições municipais e as expectativas futuras. A pressão por uma reorganização ministerial aumenta, e os próximos meses prometem ser decisivos para o futuro do governo.