O futuro da água que chega às torneiras de mais de 3 milhões de pessoas na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) está sendo decidido agora. Desde segunda-feira (7), uma série de oficinas participativas está reunindo moradores, prefeituras e especialistas para criar os novos planos de manejo de cinco Áreas de Proteção Ambiental (APAs) estratégicas.
Essas áreas, que abrigam os rios Iguaçu, Passaúna e Piraquara, são responsáveis por 87% de toda a água consumida na Grande Curitiba, e a definição de suas regras de uso é vital para garantir a segurança hídrica da região.
Equilibrando desenvolvimento e preservação
Conduzidas pela Sanepar, pelo Instituto Água e Terra (IAT) e pela Agência de Assuntos Metropolitanos (Amep), as discussões buscam um equilíbrio delicado. As APAs são unidades de conservação que permitem atividades como agricultura, comércio e moradia.
O objetivo dos novos planos de manejo é criar um zoneamento claro, definindo o que pode e o que não pode ser feito em cada área para permitir o desenvolvimento das cidades sem comprometer a qualidade e a quantidade dos mananciais. “Cuidar dos mananciais faz parte de vencer o desafio de abastecer uma população que não para de crescer”, afirma o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Julio Gonchorosky.