Professores da rede estadual de ensino do Paraná prometem um dia de paralisação nesta terça-feira (21). Caravanas de educadores e funcionários das escolas em todo o estado estarão em Curitiba, para a realização de um ato. A concentração está programada para acontecer às 9h, na Praça 19 de Dezembro, no Centro da capital.
A greve de 24 horas dos servidores foi aprovada no dia 28 de maio, em assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), que representa a categoria.
Os trabalhadores buscam pressionar o governo pela reposição da Data-Base, a inflação acumulada desde 2016. Segundo a APP Sindicato, as perdas salariais ultrapassam 36%.
“O governo do estado não faz a recomposição do nossos salários há seis anos. Ele está defasado em 36%. O governador aplicou 3% em janeiro, mas a inflação já corroeu”, explica a presidente da APP Sindicato, Walkiria Mazeto.
A janela eleitoral, como afirma a educadora, impõe o prazo de 1º de julho para a recomposição das perdas inflacionárias dos últimos 12 meses, o que seria o equivalente a 12,13%. O valor, no entanto, não foi repassado, alega Walkiria. “Ele deveria ter aplicado em maio e não o fez.”
Outros 3,39%, conforme a APP, estão aprovados e precisariam apenas da autorização do governador, independente do período eleitoral.
A paralisação será na educação básica e nas universidades. Haverá ainda representação de demais categorias de servidores, como da força de segurança e da saúde. “Teremos operação padrão e representação desses servidores aqui conosco nas ruas de Curitiba”, diz a presidente da APP.
Em princípio, a paralisação é de 24 horas. A categoria espera ser recebida pro representantes do governo do Paraná.
“Que ele apresente uma proposição, porque já tivemos uma paralisação no 29 de abril com esta pauta. Fizemos mobilização com aposentados na semana anterior. Então, é uma crescente dessa mobilização, para que apresente uma proposta aos servidores.”
De acordo com a presidente da APP, há outras pautas específicas, como o fim da prova periódica para PSS, que já trabalham para o Estado e a realização de concursos públicos; o destravamento das progressões e promoções; e a isenção do desconto previdenciário para aposentados(as) que recebem abaixo do teto do INSS.