Na última sexta-feira, 17 de junho, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná, a PRE-PR, arquivou o pedido para tornar o Ex-procurador da República, Deltan Dallagnol, inelegível; ele é pré-candidato a Deputado Federal pelo Podemos, no Paraná.
Em suma, a decisão da Procuradora Eleitoral Mônica Bora não analisou o mérito da representação contra Deltan; no seu despacho, a Procuradora Eleitoral Regional alegou que a análise das condições de elegibilidade só deve ser feita no momento do registro da candidatura.
A representação contra o Ex-procurador, responsável pela Operação Lava Jato, foi enviado pela empresária e pré-candidata a Deputada Federal, Roberta Luchsinger, filiado ao PSB; o argumento usado por ela na representação foi o de que Deltan responde a processos disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público, o CNMP.
De acordo com a Lei, magistrados, promotores e procuradores não podem ter procedimentos pendentes na esfera administrativa se quiserem concorrer a pleitos eleitorais; e, as candidaturas só são possíveis após um período de oito anos a partir do pedido de exoneração do servidor.
Dallagnol pediu exoneração do Ministério Público Federal, o MPF, em novembro de 2021; embora o período para registros das candidaturas ainda não tenha sido aberto, o mesmo recebe doações por meio de financiamentos coletivos virtuais para custear a sua campanha.