Caos na saúde de Guaratuba: população cobra explicações e MP é questionado sobre investigação

Bia Borges
Foto: Equipe Rádio Litorânea

A pergunta que ecoou nas ruas de Guaratuba nesta semana foi direta e dolorosa, até onde a incompetência vai continuar afetando vidas?

A saúde do município, já marcada por dificuldades históricas, enfrenta um colapso ainda maior sob a atual administração. A cada dia, moradores relatam a falta de transporte para pacientes, escassez de médicos, ausência de medicamentos e até a inexistência de um secretário de saúde verdadeiramente presente e preparado para lidar com os problemas.

Casos graves têm sido denunciados por famílias que aguardam atendimento. Crianças autistas perderam consultas importantes e pacientes deixaram de ser levados para cirurgias porque o transporte simplesmente não foi agendado. O contraste, no entanto, revoltou ainda mais a população, enquanto pacientes sofrem sem transporte, ônibus da saúde são usados para levar jogadores a partidas de futebol. Situação que, pode configurar improbidade administrativa e precisa ser apurada pelo Ministério Público.

Durante a sessão da Câmara de Vereadores da última segunda-feira (22), a vereadora Maria do Neno criticou a atual gestão e questionou a viabilidade do movimento “hospital já”. Segundo ela, é impossível pensar em construir um hospital quando falta o básico no pronto socorro e até mesmo promessas de reforços de estudantes para a saúde não passaram de ilusão. “Como acreditar que a administração vai cuidar de um hospital, se não consegue resolver os inúmeros problemas do pronto socorro?”.

Diante desse cenário, cresce a pressão para que o Ministério Público acompanhe de perto a situação e investigue as falhas na gestão da saúde de Guaratuba. Enquanto isso, mães e famílias seguem angustiadas, cansadas de esperar meses por consultas e verem seus filhos sofrerem diante de uma rede de saúde que parece cada vez mais frágil.

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