Duas empresas foram multadas em mais de R$ 700 mil pela contaminação que causou a morte de cerca de duas toneladas de peixes em Jaraguá do Sul, em agosto. A Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) concluiu que o despejo irregular de efluentes industriais nos rios Cerro e Jaraguá foi o responsável pela mortandade.
Segundo o relatório técnico, os resíduos lançados pelas empresas, uma do setor têxtil e outra da área metalúrgica continham substâncias altamente tóxicas, como cianeto em concentrações até 66 vezes acima do permitido e fenóis 290 vezes superiores ao limite legal.
A combinação desses poluentes ultrapassou a capacidade de depuração dos rios, provocando asfixia e intoxicação aguda dos peixes.
Além das multas, as empresas terão que:
- Apresentar projetos para ampliar suas estações de tratamento de efluentes;
- Alterar os pontos de lançamento dos resíduos;
- Financiar estudos e planos de recuperação ambiental para os quatro rios afetados, incluindo a possibilidade de repovoamento com espécies nativas.
A Fujama realizou vistorias, coletas e análises laboratoriais para identificar os responsáveis, e os resultados serão encaminhados ao Ministério Público e à Polícia Militar Ambiental. As empresas têm 30 dias para apresentar os projetos exigidos e podem recorrer das penalidades.
As duas toneladas de peixes mortos foram retirados do rio Jaguá, em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, durante uma força-tarefa, informou a prefeitura.
Os animais foram recolhidos com ajuda de botes e caixas plásticas de 30 kg. Depois, foram transferidos para sacos plásticos e encaminhados para o aterro sanitário em Mafra, na mesma região.
Participaram da ação equipes da Defesa Civil, da Secretaria de Obras, dos Bombeiros Voluntários e de um clube de canoagem.