O Paraná enfrenta um cenário preocupante: as denúncias de violência obstétrica dispararam 59% nos últimos doze meses, revelando um problema grave na assistência às gestantes. Entre 2022 e 2024, 83 casos foram registrados em 29 municípios do estado, segundo relatório do Observatório de Violência Obstétrica.
O estudo detalha o perfil das vítimas, os tipos de abusos sofridos — com destaque para a violência psicológica e física — e apresenta estratégias para combater o problema em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde. As consequências variam de traumas irreparáveis a casos de morte materna e infantil.
Para garantir acolhimento e justiça, o Observatório mantém um canal online permanente de denúncias, com sigilo assegurado e acesso gratuito a apoio jurídico e psicossocial. Atualmente, o órgão acompanha 14 ações de indenização em defesa das vítimas.
Especialistas alertam que a violência obstétrica vai além de um descuido hospitalar: trata-se de uma violação de direitos humanos, que ameaça a dignidade da mulher em um dos momentos mais importantes de sua vida.
As mulheres que sofreram violência obstétrica podem registrar o caso diretamente no formulário online disponibilizado pelo Observatório e, se desejarem, levar a denúncia à Justiça com acompanhamento especializado.