Além da falta de médicos, de medicamentos e da precariedade já conhecida no setor da saúde em Guaratuba, outro problema grave chegou à redação da Rádio Litorânea, a alimentação oferecida no Pronto Socorro.
Funcionários e pacientes enviaram imagens das marmitas servidas diariamente no local, e o que se vê é um verdadeiro absurdo. As refeições destinadas aos internados são as mesmas fornecidas aos profissionais que precisam enfrentar longos plantões para cuidar da população.
Na primeira denúncia, a refeição servida era apenas uma sopa rala, com arroz e alguns legumes, sem qualquer fonte de proteína. Em outra foto recebida, a marmita continha arroz, feijão, um misto de legumes sem identificação e apenas um ovo cozido. Já no jantar da última segunda-feira (25), o cardápio foi batata-doce, com complementos.
Não se trata de criticar quem prepara a comida, pois é evidente o esforço e dedicação dessas pessoas, mas sim questionar, onde está a verba destinada à alimentação hospitalar? Como é possível pacientes debilitados se recuperarem com refeições tão pobres em nutrientes? E de que forma enfermeiros, motoristas e demais funcionários podem ter forças para atender a população se lhes é oferecido apenas um ovo cozido como refeição?
A situação expõe a negligência e o descaso do poder público. Enquanto pacientes e servidores sofrem dentro do pronto socorro, a população se pergunta, cadê os gestores, cadê os vereadores que antes apareciam com frequência para mostrar a estrutura do PS? Agora, diante do caos, todos se calam.
Em Guaratuba, não há secretário de saúde de fato, apenas um nome para aparecer em fotos nas redes sociais. A cidade parece governada por “vários prefeitos”, mas nenhum mostra competência para resolver os problemas mais urgentes da população.
É inadmissível que, em plena calamidade na saúde, pacientes e funcionários sejam tratados com descaso até no básico: a comida.