Entre os dias 1º e 20 de agosto, 443 pinguins-de-Magalhães foram encontrados mortos nas praias do Paraná. Os dados são do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), realizado no estado pelo Laboratório de Ecologia e Conservação da UFPR.
De acordo com a equipe do projeto, embora seja esperado o encalhe desses animais nesta época do ano, o número de registros é considerado alto e se concentrou nos últimos dias.
Os animais encontrados mortos foram recolhidos e encaminhados para exames laboratoriais, que vão auxiliar na identificação das possíveis causas das mortes, além de ampliar o conhecimento sobre a saúde da fauna marinha e a qualidade do ambiente costeiro. Entre os registros, três pinguins foram resgatados ainda com vida, em estado debilitado, e outros 20 permanecem em reabilitação no Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise de Saúde da Fauna Marinha da UFPR.
De acordo com a bióloga e coordenadora do PMP-BS/UFPR, Camila Domit, os dados merecem atenção. “Durante o inverno é comum registrar os encalhes de pinguins-de-Magalhães em toda costa brasileira. Porém, os números de encalhes dos últimos dias são preocupantes e devem ser analisados com muita atenção. Nossa equipe tem trabalhado na coleta e análise desses animais para entender o que está acontecendo quanto à saúde e impactos que podem afetar a espécie, assim como avaliar as condições do ecossistema marinho que podem ter influenciado na mortalidade observada”, explica Camila.