Um porteiro e recepcionista de hospital foi colocado como “laranja” em uma empresa contratada para prestar serviços médico-hospitalares, com contratos que ultrapassavam R$ 3 milhões por ano. O caso foi revelado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), que investiga fraudes em licitações e contratos da saúde em municípios do interior do Estado.
Na manhã desta quarta-feira (20), a PCPR cumpriu sete mandados de busca e apreensão — seis em Campina da Lagoa, no Oeste do Paraná, e um em Tamarana, no Norte. Foram recolhidos celulares, computadores, mídias e documentos para reforçar as provas.
Fraude nas licitações
Segundo as investigações, embora a empresa estivesse registrada em nome do porteiro, a administração era feita por terceiros, que buscavam ocultar patrimônio, evitar pagamento de impostos e manipular licitações. Há indícios de crimes como falsidade ideológica, lavagem de capitais e fraude a licitações.
Prejuízo aos cofres públicos
A denúncia que deu início ao inquérito aponta ainda suspeita de favorecimento e direcionamento em processos licitatórios envolvendo o município de Altamira do Paraná. A Polícia Civil destacou que o objetivo das diligências é fortalecer as provas e definir a responsabilidade de cada investigado.