Sonar de alta tecnologia ajuda Corpo de Bombeiros do Paraná em buscas subaquáticas

Fernando Carrer
Fonte: AEN

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) conta com um equipamento com tecnologia de ponta para buscas em rios, lagos e mar com alta precisão que poupa tempo e dá mais segurança aos profissionais. O sonar subaquático side scan possibilita varrer uma grande área de cursos d’água e transformá-la em imagens 3D de alta fidelidade.

Na última quarta-feira (16) ele foi usado pelos bombeiros para ajudar no resgate do corpo de um jovem desparecido no domingo (13) no Rio Paranapanema, no Norte do Paraná. A equipe conseguiu, em três horas com o sonar, varrer 242 mil m² de uma área que, antes da ação dos merguladores, foi descartada como local onde estaria o corpo.

Com o sonar é possível identificar a localização exata de objetos ou estruturas submersas a até 300 metros de profundidade e em um espaço de 150 metros para cada lado. A tecnologia do sonar utilizado pelo CBMPR é conhecida do grande público por ter sido usada nas mais recentes imagens do navio Titanic

“Podemos ter um panorama muito fiel do fundo do leito marinho ou de rios e represas para visualização de embarcações, carros e aeronaves afundadas e, eventualmente, corpos de pessoas que tenham se afogado”, explica o major Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) do CBMPR. A unidade recebeu o sonar do Governo do Estado com um investimento de R$ 450 mil.

Além do Paraná, a tecnologia do side scan para buscas subaquáticas é empregada apenas pelas forças de segurança do Distrito Federal e do Rio de Janeiro. O sonar, fabricado nos Estados Unidos, tem potência superior aos sonares de pesca de uso profissional. “A tecnologia é complexa, não tem uso simples e nos demanda muito treinamento”, diz o major Greinert.

O equipamento proporciona um ganho operacional, pois poupa o tempo que os mergulhadores despendem nas buscas. “Em situações de afogamento ou recuperação de barcos e carros, a única maneira de encontrar era mergulhando. Quando temos pontos de busca definidos, pode ser rápido, mas quando não há sinais ou relatos de onde buscar, gasta-se muito tempo”, diz o comandante do GOST.

Os mergulhos rasos de até 12 metros podem ter até uma hora de submersão. “Em 50 metros a permanência é de poucos minutos e o mergulhador tem que retornar à superfície diversas vezes, com poucas condições de avanço nas buscas”, informa o major. Segundo ele, o Paraná tem rios e lagos com profundidade superior a 50 metros. Com o sonar, é possível varrer um perímetro amplo para o mergulho pontual, além de descartar outras áreas.

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