Suco de laranja produzido no Paraná pode sofrer impacto com tarifaço de Trump

Fernando Carrer
Fonte: g1

Fábrica de Paranavaí tem previsão de processar e exportar 800 mil caixas de laranja para os EUA, nesta safra. Para empresário Paulo Pratinha, é necessário esperar estabilização do mercado para entender mudança.

No Paraná, um dos setores que podem sofrer impacto com a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é o de suco de laranja. Em Paranavaí, no noroeste do estado, o país norte americano é o principal destino de produtos, como o sumo da fruta. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, entre janeiro e junho de 2025, foram exportados US$ 10,9 milhões em mercadorias feitas no município.

Para o empresário paranaense Paulo Pratinha, ainda é necessário aguardar para “entender como isso vai funcionar”. Ele garante que clientes americanos confirmaram embarques previstos para os próximos dias. O início da cobrança deve acontecer em 1º de agosto, conforme a carta assinada por Trump.

Um dos principais motivos para esperar a movimentação do mercado, de acordo com Pratinha, é o México – principal concorrente do Brasil na produção de Laranja – também entrar na lista de países com tarifas anuncadas por Trump. No caso 30%.

Neste cenário, o empresário considera que o “bom senso vai ter que imperar”, citando os ajustes na base de remuneração da cadeia de produção que podem surgir com a tarifa.

“No fim do dia, se todos acertarem a quantidade de valor que o consumidor americano vai pagar, todo mundo pode sair ganhando. O que a gente não pode é fazer com que o produto chegue caro demais na prateleira do consumidor americano, para que esse drive de crescimento das exportações brasileiras continue e permaneça, independente das tarifas ou não”

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