Assistente social é indiciado por usar nomes de idosos mortos para desviar benefícios e recursos públicos

Fernando Carrer
Fonte: g1

Homem trabalhava em uma associação de amparo a idosos. Polícia Civil afirma que entidade está devolvendo valores desviados, que somam cerca de R$ 60 mil.

Um assistente social de 46 anos foi indiciado pela Polícia Civil por usar nomes de idosos mortos para desviar benefícios e recursos públicos da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa (FASPG), nos Campos Gerais do Paraná.

De acordo com o delegado Derick Moura Jorge, responsável pela investigação, o homem trabalhava em uma associação de amparo a idosos e desviou cerca de R$ 60 mil. Após a descoberta do esquema criminoso, ele foi demitido e a entidade passou a ressarcir o valor aos cofres públicos, em parcelas.

As investigações revelaram que o profissional incluía sistematicamente nomes de pessoas já falecidas nos relatórios mensais de atendimento enviados à FASPG, fazendo parecer que essas pessoas continuavam sendo assistidas pelo serviço social. O caso veio à tona quando o suspeito solicitou uma cesta básica em nome de uma idosa que havia falecido cinco meses antes”, explica o delegado.

De acordo com ele, as fraudes ocorreram durante um ano e meio, entre 2020 e 2021, mas as investigações acabaram se protelando pelo esquema ser “extremamente bem organizado”.

O anúncio do fim do inquérito foi feito nesta terça-feira (8). O assistente social foi indiciado pelo crime deinserção de dados falsos em sistema de informações, cuja pena prevista é de 2 a 12 anos de reclusão, mais multa.

O caso foi enviado ao Ministério Público, que agora avalia se oficializa, ou não, a denúncia criminal. A Polícia Civil explica que não revela nomes de indiciados em respeito à lei de abuso de autoridade.

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