Na última quinta-feira, 02 de junho, o Ministério Público Federal abriu um novo inquérito para investigar a conduta dos Policiais Rodoviários Federais que mataram Genivaldo de Jesus Santos asfixiado em uma espécie de “câmara de gás”, no porta-malas de uma viatura da PRF, em Umbaúba, no Sergipe.
Neste novo inquérito o MPF apura o depoimento de dois jovens que alegam que sofreram agressões durante uma abordagem policial no dia 23 de maio, dois dias antes da morte de Genivaldo; os jovens afirmam que, mesmo sem oferecer reação, foram algemados e receberam chutes, tapas e pisões no rosto.
Conforme a Procuradoria do Ministério Público Federal, os dois jovens teriam se evadido da abordagem dos Policiais Rodoviários Federais pois não estavam fazendo uso do capacete e por estarem com a moto em situação irregular.
Flávio Matias, Procurador responsável pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial afirmou que: “Dá a entender, numa avaliação inicial, que as vítimas de tais agressões só se sentiram à vontade para comunicá-las à autoridade policial local depois da ampla repercussão que a abordagem a Genivaldo de Jesus, em circunstâncias similares, mas com desfecho trágico, aconteceu”.
A Procuradoria-Geral da República atendeu ao pedido do Ministério Público Federal do Sergipe e disponibilizou mais sete procuradores para investigar a morte de Genivaldo; eles seguem colhendo depoimentos de pessoas envolvidas no caso e testemunhas.