O caos se instalou mais uma vez na empresa terceirizada Fortress, responsável por diversos serviços no município de Guaratuba. Funcionários relataram à nossa equipe de jornalismo que os salários continuam atrasados, inclusive para aqueles que estão cumprindo aviso prévio. A situação tem gerado revolta e sofrimento entre os trabalhadores, que não conseguem honrar compromissos básicos, como contas de luz, água e alimentação.
Um dos colaboradores, que preferiu não se identificar, contou que o Dia das Mães passou em branco para muitos. “Não tive como comprar nada. A gente trabalha, mas não recebe. Isso é humilhante”, desabafou.
A responsabilidade é compartilhada entre a empresa Fortress e a atual gestão municipal, que permite a continuidade de um contrato com uma prestadora que reiteradamente descumpre os direitos trabalhistas. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), instituída pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, garante aos trabalhadores o recebimento pontual de salários e benefícios — algo que não vem sendo cumprido em Guaratuba.
A justificativa de que “acordos são feitos entre as partes” não isenta o poder público da responsabilidade. É dever da gestão municipal fiscalizar os contratos e garantir que os trabalhadores recebam o que é de direito.
Até quando pais e mães de família serão ignorados? O povo cobra respeito, transparência e, acima de tudo, compromisso com quem move a cidade.