Na última quinta-feira, 28 de maio, nove meses após a sua prisão, a Polícia Federal indiciou por lavagem de dinheiro e ocultação de bens, Glaidson Acácio dos Santos; o ex-garçom é dono da GAS Consultoria, suspeita de comandar um esquema milionário de lavagem de dinheiro.
Este não é o primeiro indiciamento do ex-garçom, ex-pastor e empresário Glaidson Acácio dos Santos, popularmente conhecido como “Faraó dos Bitcontins”, pois, em setembro de 2021, ele e outras 21 pessoas foram investigadas pela PF por organização criminosa, gestão fraudulenta e violação do sistema financeiro nacional.
A ficha criminal do “Faraó dos Bitcoins” também inclui um indiciamento pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por, supostamente, ser o mandante da tentativa de homicídio contra Nilson Alves da Silva, em Março de 2021, em Cabo Frio, Região dos Lagos do Estado.
Nilson Alves da Silva, ou “Nilsinho”, sobreviveu à tentativa de homicídio e meses depois a Justiça do Rio de Janeiro acatou o pedido do Ministério Público do Estado e transformou Glaidson em réu pela tentativa de mais esse crime.
De acordo com informações do inquérito da Policia Federal, o esquema ilícito coordenado pelo “Faraó dos Bitcoins” pode ter movimentado em torno de 38 bilhões, e, segundo indícios, ele e sua esposa, Myrellis Zerpa, ampliaram suas aplicações e investiram em outras criptomoedas.
Segundo informações da Polícia Federal, a organização criminosa também investiu na moeda digital “Dash”, usada em pagamentos online; os Investigadores da PF conseguiram descobrir a senha usada pelo criminoso nesta conta e constataram um saldo de 90 milhões na mesma.
O relatório da Polícia Federal já está com o Ministério Público Federal, o órgão analisará se aceita ou não o indiciamento e a denuncia contra o “Faraó dos Bitcoins”, enquanto isso, Glaidson, permanece preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.