Em um recente estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas revela que subiu cerca de 30% o número de pessoas que não tem dinheiro para alimentar a si ou a sua família durante os últimos 12 meses; essa alta representa um novo recorde da série histórica iniciada em 2006.
Conforme os dados do relatório da FGV, esta é a primeira vez, desde 2006, que a insegurança alimentar no Brasil supera a média do resto do mundo; pois, comparando a média simples de 120 países com a média brasileira, a insegurança alimentar aumentou 1,5 pontos percentuais no mundo contra 6 pontos percentuais no Brasil.
A elevação nos índices de insegurança alimentar entre os 20% mais pobres no país, durante a pandemia, foi de 22 pontos percentuais, saindo dos 53% registrados em 2019 e saltando para 75% em 2021, se aproximando aos 80% do Zimbabwe, país com maior índice de insegurança alimentar.
Todavia, os 20% que mais concentram a renda no país, sofreram uma queda no índice de insegurança alimentar em três pontos percentuais, indo de 10% para 7%, pouco acima dos 5% da Suécia, pais com menos insegurança alimentar do mundo.
Atualmente, cerca de 116 milhões de pessoas, mais da metade dos lares brasileiros, estão em situação de insegurança alimentar, e, cerca de 19 milhões passam fome no país onde os índices de colheita/safra e exportações batem constantes recordes.