Jean Couan Kruger, suspeito de matar o venezuelano Guillermo Rafael de Maria Montes e arrastar o corpo dele para dentro de uma bicicletaria em Curitiba, já foi condenado a nove anos de prisão pela tentativa de homicídio de uma pessoa em situação de rua.
O crime foi em 2012. Segundo a denúncia, Jean, na frente de um adolescente, agrediu a vítima com uma barra de ferro. Conforme o documento, o homem ainda arrastou a vítima, que estava desmaiada, até o meio da rua, e a agrediu com chutes na cabeça.
A vítima teve fraturas no rosto e na cabeça, passou por cirurgias de emergência e ficou internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Segundo o Ministério Público, após o crime, policiais fizeram buscas no interior do estabelecimento comercial que pertencia a Jean e encontraram armas brancas, flechas, toucas estilo ninja, barra de ferro e um bastão de beisebol.
Em 2017, Jean foi julgado e condenado por corrupção de menores e tentativa de homicídio qualificado por meio cruel.
Ao longo do processo, Jean afirmou que as agressões foram motivadas pela suspeita de que a vítima traficava drogas e cometia furtos em frente a bicicletaria que pertencia a ele e ficava próxima ao Terminal do Guadalupe, em Curitiba.
Na fixação da pena, a juíza que analisou o caso afirmou que, insatisfeito com a situação ilícita, ele deveria ter acionado as autoridades competentes, mas preferiu “agredir a vítima brutalmente” e optou por “fazer justiça com as próprias mãos”.
Além disso, considerou também que Jean apresentava uma conduta social favorável, na medida em que trabalhava e “não demonstrava ser uma pessoa voltada à prática de crimes”.
Segundo o Tribunal de Justiça do Paraná, o processo foi arquivado em 2023. O órgão não informou o motivo do arquivamento.