O fim da Banda de Guaratuba

Redação Litorânea
Foto: Prefeitura de Guaratuba

A marchinha de Carnaval da Banda de Guaratuba, composta por César Costa Filho e Heitor Valente em 1986, é um hino que ecoa pela cidade durante as festividades de Carnaval, enchendo o ambiente de alegria e animação. “Começa na Ponta Grossa, termina ali na praça. O melhor de tudo, que é ela nossa. É muito boa e é de graça. Quem cai a gente segura, quem não cai a gente derruba. Pois sai da frente que vai passar, em primeiro lugar, a Banda de Guaratuba”.

Foto: recorte arquivo de vídeos / Deputado Nelson Justus

Alegria essa, que tem como premissa, o movimento, a cadência do público que caminha no embalo das marchinhas carnavalescas.

A Banda de Guaratuba, que começou com um simples tambor e pistões em um jipe velho, transformou-se em uma celebração que envolve toda a cidade. Após 42 anos, o legado de alegria plantado pela Banda de Guaratuba continua a render frutos para a cidade, além de contribuir significativamente para a geração de emprego e renda para seus moradores.

Foto: Prefeitura de Guaratuba.

Em razão disso, o anúncio da Prefeitura Municipal de “inovações” no formato do carnaval recebeu severas críticas no perfil do Poder Executivo.

Nos bastidores a decisão é atribuída a um claro ato de revanchismo político mas, para o grande público, foi apresentada a justificativa de maior segurança para o evento, embora não tenha sido apresentado nenhum tipo de estudo ou justificativa plausível que a embase.

Nos comentários dos turistas e moradores, destacam-se de forma recorrente alguns pontos: a incontestável tradição cultural da Banda de Guaratuba, a correlação imediata de carnaval de rua com a “pipoca” dos trios elétricos e, sobretudo, aspectos econômicos, como locação de imóveis, geração de empregos e consumo no comércio local.

O novo formato, com palcos engessados em pontos específicos, gerou críticas e dúvidas sobre a aceitação do público.

No que tange aos custos, aguarda-se publicação dos valores de contratação e formato licitatório, diante do decreto do Executivo que alega calamidade administrativa.

Está é outra medida que tem gerado muita polêmica, já que apesar do alegado “caos”, o Prefeito Maurício Lense, em menos de um mês entre comissionados e gratificados, já beneficiou cerca de 140 servidores.

Vídeo: orgânica filmes

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