A onda de furtos de cabos de energia que assola o Paraná está causando sérios prejuízos à vida da população e ao funcionamento de serviços essenciais. Nesta segunda-feira (14), o centro de Curitiba amanheceu em caos com semáforos apagados no cruzamento da Rua André de Barros com a Alameda Dr. Muricy, por conta do roubo de cabos no local. A situação permaneceu sem solução durante toda a manhã, obrigando agentes de trânsito da Setran a intervirem para organizar o tráfego na região, aumentando o risco de acidentes e transtornos.
A indignação é evidente. Não são apenas os semáforos que sofrem com esse tipo de crime. Em Guaratuba, uma escola ficou sem poder realizar suas aulas devido ao furto de cabos que deixou o colégio sem energia elétrica. A paralisação forçada afeta não apenas os alunos, mas também o calendário escolar e as famílias que dependem do funcionamento da escola.
Os números são alarmantes. Só em Curitiba, entre janeiro e julho de 2024, foram registrados 501 furtos de cabos, representando um aumento de 76% em relação ao ano anterior. Em 2023, foram contabilizados 657 casos, mostrando que o problema está longe de ser controlado e se tornou uma ameaça crescente.
Além do impacto direto sobre a segurança e o cotidiano da população, o especialista alerta para o custo elevado dessas reposições. A constante reparação de sistemas de energia e comunicação por causa de furtos onera os cofres públicos, sendo uma despesa que poderia ser evitada com medidas preventivas mais eficazes, como a instalação de cabos subterrâneos. Embora essa solução demande um investimento inicial maior, a longo prazo seria mais econômica e evitaria esse ciclo de destruição e reposição.
O furto de cabos não é apenas um crime de vandalismo, é uma questão de segurança pública que exige uma resposta imediata e enérgica. Medidas precisam ser tomadas para coibir essa prática que afeta diretamente a vida de milhares de pessoas, interrompendo serviços essenciais, prejudicando a educação e colocando vidas em risco no trânsito.