Neste dia 27 de setembro, comemoramos o Dia de Conscientização sobre Doação de Órgãos, uma data que destaca a importância de discutir e promover a doação como uma forma de salvar vidas. Em um país onde mais de 43 mil brasileiros aguardam por um transplante, a doação de órgãos se torna uma questão urgente. Nos últimos 15 anos, o número de doadores dobrou, refletindo um aumento na conscientização sobre esse ato de solidariedade.
No Brasil, a retirada de órgãos só pode ser realizada após a autorização familiar. Assim, mesmo que uma pessoa tenha dito em vida que gostaria de ser doador, a doação só acontece se a família autorizar. Dessa maneira, se a família não autorizar a doação, os órgãos não serão retirados e a oportunidade da realização dos transplantes, tirando pessoas das listas e devolvendo a vida ou a qualidade de vida, será perdida.
Não é preciso registrar a intenção de ser doador em cartórios, nem informar em documentos o desejo de doar, mas os familiares precisam saber sobre o desejo de se tornar um doador após a morte, para que possa autorizar a efetivação da doação.
Muitas pessoas ainda têm inseguranças sobre a doação ou desconhecem o processo de como podem doar, é essencial que a população continue a se informar sobre a doação de órgãos e conversar com familiares sobre suas intenções.
Existem dois tipos de doadores de órgãos, o primeiro é o doador vivo: é a pessoa maior de idade e juridicamente capaz, saudável e que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Um doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões, a compatibilidade sanguínea é necessária em todos os casos. Para doar órgão em vida, o médico deverá avaliar a história clínica do doador e as doenças prévias. A doação de órgãos de pessoas vivas que não são parentes, só acontece mediante autorização judicial.
O segundo tipo é o doador falecido: é qualquer pessoa com diagnóstico de morte encefálica (vítimas de traumatismo craniano, ou AVC (derrame cerebral), anoxia, etc), ou com morte causada por parada cardiorrespiratória (parada cardíaca).
O Paraná destaca-se como um dos maiores doadores de órgãos do Brasil, contribuindo significativamente para salvar vidas. A campanha de conscientização sobre a doação tem sido crucial, e muitos familiares estão optando por autorizar a doação em momentos difíceis, oferecendo esperança a quem espera por um novo começo. Cada doação pode transformar vidas e reduzir a fila de espera, proporcionando um futuro melhor para milhares de brasileiros.