O Paraná está entre os estados com maior número de acidentes e mortes em rodovias federais no Brasil. Nos primeiros seis meses de 2024, foram registrados 3.592 acidentes envolvendo veículos, resultando em 274 mortes nas estradas do estado, segundo balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O Paraná ocupa o terceiro lugar no ranking de óbitos, ficando atrás apenas de Minas Gerais e Bahia.
No contexto nacional, os números são alarmantes. Entre janeiro e junho, foram contabilizados 35,2 mil acidentes em rodovias federais, com 40.560 pessoas feridas e 2.908 mortes. A BR-101, um dos principais eixos rodoviários do país, conhecida como a “rodovia da morte”, foi um dos trechos mais críticos. Apenas no primeiro semestre, essa rodovia registrou 943 feridos e 22 óbitos.
Especialistas apontam que o aumento no número de veículos em circulação e a falta de atenção dos motoristas são fatores que contribuem para esses acidentes.
A professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Anelise Schimitz explica que há hoje em dia o conceito de “Rodovias que Perdoam”. São materiais de segurança acoplados nas rodovias que podem, em casos de acidentes, evitar a morte.
Paulo Guedes, chefe da Coordenação de Prevenção e Atendimento de Sinistros da PRF, alerta para a imprudência nas estradas, como ultrapassagens em locais proibidos e desatenção ao volante, muitas vezes causadas pelo uso de celulares e conversas com passageiros.
Em Minas Gerais, que lidera o número de acidentes e mortes, ocorreram 4.439 sinistros, com 354 vidas perdidas. Santa Catarina registrou 4.134 acidentes, consolidando-se também como uma das regiões mais críticas do país.
A PRF reforça a necessidade de atenção redobrada ao conduzir e respeito às normas de trânsito para reduzir o número de tragédias nas estradas.