Governo precisa de “faxina” em gastos para zerar déficit fiscal, diz ministra Tebet

Cleomar Diesel
Foto SUNO

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou neste sábado (31) que será necessária uma “modernização das políticas públicas” para que o governo alcance o déficit fiscal zero em 2026. Entre as medidas propostas, Tebet destacou a necessidade de avaliação das coberturas e integração de programas sociais, modernização das vinculações de benefícios, além da análise da efetividade dos subsídios e gastos tributários.

Para cumprir a meta de déficit zero já em 2025, o governo federal terá que realizar um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias. Segundo Tebet, a equipe econômica está revisando gastos com programas sociais, realizando um “pente-fino” em fraudes, erros e desperdícios.

A situação fiscal no Brasil é considerada crítica, com o aumento descontrolado dos gastos do governo, que alcançaram R$ 1 trilhão e 128 bilhões em 12 meses até julho. Na sexta-feira (30), o Banco Central anunciou um leilão de US$ 1,5 bilhão para conter a alta do dólar, após a divulgação dos resultados fiscais negativos. Somente em julho, o setor público, principalmente o governo Lula, gastou R$ 21,3 bilhões a mais do que arrecadou, muito acima da expectativa de economistas, que projetavam um déficit de até R$ 5 bilhões. Segundo o jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, o leilão – o terceiro no governo atual – não teve impacto significativo na valorização do dólar.

O cenário fiscal brasileiro tem sido descrito por operadores de mercado como “catastrófico”, especialmente com a elevação da dívida pública do país para 78,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A crescente dívida e o descontrole nos gastos representam grandes desafios para o governo do PT, que busca alternativas para reverter a situação e retomar o equilíbrio das contas públicas.

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