O período de tempo seco e a alta incidência de incêndios florestais no Brasil não afetam apenas a vegetação, mas também causam sérios prejuízos à fauna silvestre. O fogo provoca ferimentos em muitos animais e destrói seus habitats, levando-os a se deslocarem para áreas próximas aos focos de incêndio. Mas, diante de um animal ferido, o que a população deve fazer?
O Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná, que atua no combate aos incêndios e no resgate de animais, orienta que, ao encontrar um animal ferido, a população deve manter distância e acionar o escritório regional do IAT mais próximo. Os técnicos do Instituto são capacitados para prestar o atendimento necessário aos animais.
“A recomendação vale também para o caso de algum animal silvestre entrar em uma residência. Além disso, é fundamental manter animais domésticos afastados em tais situações”, alerta Marcelo Aparecido Marques, chefe do IAT em Cianorte, um dos municípios mais afetados pelas queimadas.
Marcelo reforça que é importante não oferecer água ou alimento aos animais próximos às áreas queimadas. “Os animais estão procurando novos territórios após o fogo, e é importante que migrem para locais seguros sem intervenção humana”, explica.
Recentemente, o IAT ajudou a conter incêndios em diversas áreas do Paraná, como o Parque Estadual Vila Velha em Ponta Grossa, a Floresta Estadual Metropolitana em Piraquara, e várias outras regiões. Desde 19 de agosto, o Corpo de Bombeiros do Paraná registrou 956 ocorrências de incêndios em vegetação em 135 municípios do estado.
Ao identificar um foco de incêndio, a população deve entrar em contato com o Corpo de Bombeiros pelo número 193 e fornecer o máximo de detalhes para agilizar o combate ao fogo. Além disso, é essencial manter distância para evitar acidentes.
Orientações para ajudar animais em áreas de incêndio:
- Não oferecer água ou comida perto dos focos de incêndio.
- Não se aproximar dos animais, inclusive mantendo animais domésticos distantes.
- Acionar imediatamente a regional mais próxima do IAT para que os profissionais possam intervir.
Essas medidas são essenciais para garantir a segurança de todos e preservar a vida silvestre durante esse período crítico de incêndios.