Nesta segunda-feira (26), os municípios de Foz do Iguaçu e Londrina, no Paraná, deram início à liberação de mosquitos Aedes aegypti modificados como parte de uma estratégia nacional para reduzir a transmissão de dengue, zika e chikungunya. Esta nova fase do projeto, que também abrange outros cinco municípios, segue a implantação já iniciada em Joinville, Santa Catarina, no último dia 19.
A estratégia consiste na liberação de mosquitos modificados com a bactéria Wolbachia, que impede a reprodução dos vírus das três doenças. Os mosquitos são introduzidos no ambiente para cruzarem com a população local, ajudando a reduzir a propagação dos vírus. Gabriel Silveira, líder de Operações da WMP Brasil, responsável pela técnica em parceria com a Fiocruz, explicou que a bactéria Wolbachia está presente na natureza e não representa risco para a saúde humana.
Em Foz do Iguaçu, serão liberados 1,3 milhão de mosquitos por semana, enquanto em Londrina o número chega a cerca de 3 milhões. Ao todo, 14.600 pontos de liberação foram distribuídos em áreas que cobrem mais de 290 mil pessoas em ambas as cidades.
Joinville também está em fase de implantação, com a liberação de aproximadamente 3,6 milhões de mosquitos por semana em cinco bairros, beneficiando cerca de 360 mil habitantes.
A fase de monitoramento começará um mês após a liberação dos mosquitos, com testes realizados em ovos para verificar se os mosquitos modificados estão se estabelecendo nos locais. A partir de setembro, os municípios de Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP) e Natal (RN) se juntarão ao projeto, enquanto o método Wolbachia já está em uso no Rio de Janeiro, Niterói, Campo Grande, Belo Horizonte e Petrolina.