Na última quarta-feira, um jovem de 30 anos, que segundo sua família apresenta espectro autista, foi ferido por um tiro disparado por um policial civil em Magé, na Baixada Fluminense. O incidente ocorreu no Bairro Parque dos Artistas, quando a vítima, assustada pela aproximação de uma viatura policial, correu em direção a um terreno.
De acordo com familiares, o jovem estava a caminho da casa de uma irmã quando se deparou com o carro da Polícia Civil. Ele entrou em pânico e, na tentativa de se esconder, foi perseguido por policiais. Um disparo atingiu sua coxa, causando uma fratura exposta do fêmur.
Inicialmente socorrido na Unidade de Pronto Atendimento de Piabetá, ele foi transferido para o Hospital Geral Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, onde passou por cirurgia. A Prefeitura de Duque de Caxias informou que seu estado de saúde é estável.
A versão dos policiais afirma que o jovem estava armado com um pedaço de madeira e que o disparo foi feito em direção ao chão. No entanto, a família nega essa narrativa, ressaltando que o rapaz é pacífico e conhecido na comunidade por seu comportamento dócil.
“Ele tem 30 anos, mas a idade mental dele é de uma criança. Todo mundo no bairro o conhece. Não tem histórico agressivo e sempre foi simpático com todos. Poderiam ter o imobilizado, mas atiraram”, afirmou um familiar.
O caso foi registrado na 66ªDP (Piabetá) como lesão corporal, e a corregedoria da Polícia Civil está acompanhando a investigação. Três policiais estavam no carro, buscando cumprir um mandado de prisão contra outra pessoa.
O incidente levanta questões sobre o uso da força por agentes de segurança em situações envolvendo pessoas vulneráveis. A comunidade e os familiares aguardam esclarecimentos sobre os acontecimentos que resultaram nesta tragédia.