Técnica de enfermagem é condenada a 51 anos de prisão por tentativa de homicídio de bebês no RS

Cleomar Diesel

Uma técnica de enfermagem foi condenada a mais de 51 anos de prisão por tentar matar 11 bebês recém-nascidos no Rio Grande do Sul. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (12).

Detalhes do Caso

De acordo com o Uol, a mulher foi acusada de 11 tentativas de homicídio. A técnica utilizou uma substância análoga a veneno e aplicou uma mistura de diazepan e morfina em bebês saudáveis no Hospital Universitário da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), em Canoas.

Veredito e Penas

Em um dos casos, a técnica foi absolvida por falta de provas, enquanto outro foi desqualificado para lesão corporal. O Tribunal concluiu que as ações da acusada resultaram em problemas respiratórios e convulsões nos bebês, que tiveram que ser encaminhados à UTI. Felizmente, nenhum dos recém-nascidos correu risco de morte.

A técnica foi presa em flagrante após a polícia encontrar seringas e medicamentos em seu armário. Ela permaneceu em prisão preventiva por quase um ano. Após a sentença de pronúncia em 2014, a defesa recorreu até o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Defesa e Alegações

A defesa da técnica de enfermagem alegou que a mulher sofre de Transtorno de Personalidade. “Não conseguia parar de fazer mesmo sabendo que era errado”, relatou a acusada. Ela afirmou que não sabia que tinha um transtorno mental na época, apesar de ter um histórico de doenças psiquiátricas.

O advogado Ezequiel Vetoretti argumentou que a técnica necessitava de tratamento médico. “No momento que ela praticava as condutas não tinha condições de se autodeterminar. Não conseguia conter os seus impulsos. Agiu fora da realidade, a ré nunca teve comportamento dentro da normalidade”, disse Vetoretti.

Histórico do Caso

Os casos ocorreram em novembro de 2009 e passaram a ser investigados pela 1ª Delegacia de Canoas. Os bebês, com apenas cinco a seis horas de vida, receberam a mistura de medicamentos sem ordem médica, resultando em problemas graves. A diretora do hospital na época afirmou que “os bebês estavam fracos, desmaiavam e evoluíam para um quadro de parada respiratória”.

Com informações do Uol.

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