Na tarde desta terça-feira (21), a cidade de Ascurra foi abalada pelo assassinato de Iracema Aparecida Freiberger, de 61 anos, que foi morta pela própria filha, Jucelaine Valente Amorim, de 36 anos, com uma facada no pescoço. O trágico incidente ocorreu na Rua Virginiano Dal Piaz, no bairro Tamanduá.
Segundo informações, o neto da vítima acionou os Bombeiros Voluntários da União por volta das 12h para atendimento. A aeronave Arcanjo dos Bombeiros Militares foi chamada para agilizar o socorro e tentou reanimar Iracema, mas infelizmente ela não resistiu ao ferimento.
Marisa Heckler, amiga íntima de Iracema por mais de oito anos, relatou emocionada à NDTV que a vítima tinha medo da própria filha e havia instalado câmeras de segurança pela casa para monitorar as ações de Jucelaine. Uma dessas câmeras registrou o momento em que a filha atacou a mãe. As imagens foram recolhidas pela polícia para investigação.
Jucelaine Valente Amorim foi presa em flagrante pela Polícia Civil. De acordo com a corporação, o crime foi cometido na frente do filho da agressora, um adolescente de 17 anos. Marisa Heckler revelou que Iracema temia pela própria vida, chegando a se trancar no quarto e a instalar câmeras de vigilância devido às ameaças da filha.
No momento do crime, Jucelaine estava tranquila, mas mudou seu comportamento quando a mãe chegava em casa. Marisa ficou sabendo do ocorrido através de uma mensagem do neto de Iracema e correu para a residência, onde encontrou Jucelaine no portão. Ao questioná-la, Jucelaine admitiu ter matado a mãe, conforme havia prometido.
O Conselho Tutelar foi acionado para cuidar do adolescente de 17 anos, que agora está aos cuidados de uma tia.
A Polícia Civil informou que Iracema já havia registrado boletins de ocorrência contra a filha. Na segunda-feira (20), Jucelaine foi intimada pela Justiça após perder a guarda do filho para a mãe, o que pode ter sido a motivação para o crime.
Jucelaine será julgada por homicídio qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima, enquadrado em violência doméstica e feminicídio. A pena pode ser aumentada por ter sido praticado contra uma pessoa maior de 60 anos e na frente de um menor de idade, podendo ultrapassar 30 anos.
A cidade de Ascurra está em luto, e a comunidade busca entender e superar a tragédia que abalou a todos.
Fonte: ND +SC