Djeniffer da Silva Ribeiro, acusada de matar o marido com marteladas, quebrou o silêncio pela primeira vez desde que deixou a prisão. Em entrevista à RICtv de Curitiba, ela detalhou o relacionamento com Rodrigo Sabadin, assassinado em abril deste ano no bairro Cachoeira, em Curitiba.
Ribeiro afirmou que o crime não foi premeditado e que está disposta a falar abertamente sobre a morte do marido. Segundo ela, as brigas começaram após o nascimento do segundo filho do casal, em 2016, quando abriram uma distribuidora e as amizades associadas a drogas e álcool de Rodrigo o levaram a uma espiral descendente.
“No dia do crime, ele tentou me acordar e me agrediu com um suco no rosto e na boca”, revelou. Mais tarde, Rodrigo teria avançado com uma faca, resultando em um confronto no qual Ribeiro acabou usando um martelo.
Após trocarem agressões, ela conseguiu o martelo e, em uma luta subsequente, acabou por matar o marido. “Foi muito rápido. Quando vi o laudo, nunca pensei que seria capaz de fazer isso. Agora, terei que conviver com isso pelo resto da vida”, desabafou.
Além disso, Ribeiro revelou que as brigas se intensificaram quando Rodrigo foi procurado pela Polícia Civil por não pagar pensão alimentícia de um filho fora do casamento. Ela foi denunciada pelo Ministério Público e aguarda em liberdade para saber se enfrentará julgamento por júri.
O crime chocou a comunidade local quando ocorreu em abril deste ano. Vizinhos relataram ter ouvido uma discussão acalorada, com Ribeiro gritando: “Morre desgraçado!”, antes de a polícia ser acionada.
Este caso continua a suscitar debates sobre violência doméstica e os limites do autodefesa, destacando a complexidade das relações interpessoais e os desafios enfrentados por muitas famílias.