Consequências trágicas da cheia no Rio Grande do Sul revelam cenário de destruição

Cleomar Diesel

O Rio Grande do Sul está enfrentando um dos momentos mais desafiadores de sua história recente, à medida que as águas começam a recuar após as enchentes devastadoras. No entanto, este pós-desastre revela uma realidade ainda mais sombria, evidenciando a magnitude desta tragédia que está longe de terminar.

Após a destruição de residências e comércios , os moradores agora enfrentam as consequências do pós cheia. São cenas desoladoras de animais mortos, esgoto a céu aberto e um mau cheiro insuportável que paira sobre as cidades.

Em Lajeado, no Vale do Taquari, a situação não é menos angustiante. Os moradores se deparam com um cenário de destruição e lama, marcado pela repetição do desastre pela segunda vez desde que os temporais atingiram o Rio Grande do Sul no fim de abril.

“O que nos resta neste momento infelizmente é arregaçar as mangas e trabalhar, como todo o povo gaúcho guerreiro”, desabafa o radialista Irno Gisch, cuja casa foi coberta pela lama.

Na capital, a água recuou em algumas ruas, mas o drama continua. A Lagoa dos Patos, no Sul do estado, atingiu a marca de 2,70 metros, o maior nível desde o início das enchentes.

Resumo dos últimos acontecimentos: após alcançar 5,25 metros, o nível do Guaíba baixou para 5,22 metros às 6h15. Às 14h15, o nível era de 5,12 metros, e a água recuou em algumas ruas de Porto Alegre.

Segundo pesquisadores da UFRGS, a tendência é de queda nos próximos dias, mas o Guaíba só deve atingir os 4 metros entre os dias 19 e 21 de maio. A cota de inundação é de 3 metros.

A situação permanece crítica, e o povo gaúcho continua a enfrentar desafios monumentais enquanto luta para se recuperar dessa catástrofe sem precedentes.

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