Com apoio de 11 caminhões-pipa, técnicos do IAT vão atuar por 10 dias no Rio Grande do Sul

Força-tarefa coordenada pelo órgão ambiental conta com 22 técnicos, 11 caminhões-pipa, sete caminhonetes 4x4 e cinco embarcações, além de voluntários de prefeituras do Paraná. Grupo ficará pelo menos até 22 de maio do Rio Grande do Sul, com bases em Canoas e Santa Cruz do Sul.

Redação Litorânea
Foto: Carlos Vicelli/IAT

Fé, esperança e solidariedade. Sentimentos que motivam os voluntários do Instituto Água e Terra (IAT) a apoiar in loco as vítimas das enchentes no Rio Grande de Sul. A força-tarefa organizada pelo órgão ambiental partiu na manhã desta segunda-feira (13) de São Mateus do Sul, na região Sul do Paraná, com previsão de chegada para o início desta noite. Serão pelo menos 10 dias de atuação direta em um dos mais intensos desastres climáticos do País.

O comboio conta com 22 técnicos, 11 caminhões-pipa, sete caminhonetes 4×4 e cinco embarcações. O IAT é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

No Rio Grande do Sul, seguindo orientações da Defesa Civil local, a equipe se dividirá em duas frentes de trabalho. Uma delas, coordenada pelo chefe do escritório regional do IAT em Irati, Jonas André Bankersen, vai atuar em Santa Cruz do Sul com os caminhões-pipa. Ficará encarregada de levar água potável para a população e ajudar na limpeza urbana dos municípios da região, muitos deles castigados pela lama decorrente das chuvas.

A outra parte do time terá Canoas como base. São 18 servidores, sete caminhonetes e cinco barcos para dar apoio logístico ao resgate de pessoas e animais; na distribuição de alimentos, água e medicamentos; e no transporte de insumos e mantimentos. Essa operação será comandada pelo chefe regional do IAT de União da Vitória, Augusto Arruda Lindner.

CAMINHÕES – Os caminhões-pipa integram o projeto Patrulha Ambiental, inciativa da Sedest executada pelo IAT. Desde 2019, foram entregues aos municípios 733 veículos, entre caminhões-baú, compactadores, modelos limpa-fossas, caminhões-pipa e poliguindastes, totalizando um investimento de R$ 206,8 milhões.

“O Paraná está mobilizado para ajudar o Rio Grande do Sul. Queremos levar um pouco de apoio, conforto e estrutura. Esses caminhões, por exemplo, vão agilizar a limpeza das cidades e fazer com que a vida comece a voltar para o rumo”, destacou o diretor-presidente do IAT, José Luiz Scroccaro.

CAMPANHA – Esse é o segundo grande movimento de solidariedade ao Rio Grande do Sul organizado pelo IAT. Desde a segunda-feira passada (6), os 21 escritórios regionais e a sede principal do órgão ambiental em Curitiba estão recebendo donativos em prol da população gaúcha.

Alguns núcleos, como os da Capital, Litoral, Ponta Grossa, Irati, Jacarezinho, Cornélio Procópio, Umuarama, Toledo, Ivaiporã e Cascavel lançaram a campanha “Um alimento por uma muda”, que consistia na troca de um quilo de alimento não perecível, água potável, produtos de higiene ou limpeza e ração para cães e gatos por uma planta de espécie nativa para casa, como araucária, ipê, árvores frutíferas, entre outras. Toda a arrecadação será destinada ao Rio Grande do Sul.

A iniciativa integra a campanha SOS RS, coordenada pela primeira-dama Luciana Saito Massa e a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, cuja previsão é seguir até o dia 22.

AÇÕES – Em pouco mais de uma semana de arrecadações, a campanha SOS RS, do Governo do Paraná, já reuniu 3,3 mil toneladas de ajuda humanitária para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. O volume total de donativos contabiliza alimentos, água potável, roupas e produtos de higiene e limpeza doados em todas as cidades paranaenses até a sexta-feira (10).

O Paraná também tem prestado apoio às cidades gaúchas com o envio de forças de segurança e equipamentos. Já foram encaminhados bombeiros para trabalhar nos resgates, policiais militares para ajudar a coibir roubos e saques nos locais mais afetados, policiais civis para apoiar as autoridades locais e profissionais da Polícia Científica.

O Governo do Estado enviou ainda viaturas, embarcações e helicópteros que estão sendo usados em diversas frentes de trabalho, além de bolsas de sangue, medicamentos, profissionais de outras áreas, caminhões-pipa e técnicos da Defesa Civil.

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