No início da noite deste domingo (12), o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) alertou sobre os impactos das chuvas que retornaram a atingir partes do estado desde sexta-feira (10). Essas precipitações, que devem continuar nos próximos dias, estão elevando os níveis dos rios Taquari, Caí e dos Sinos, que deságuam no lago Guaíba, situado na região metropolitana de Porto Alegre.
Leite enfatizou que as inundações devem retornar em várias cidades que já estavam observando os níveis de água baixarem, especialmente na região metropolitana de Porto Alegre. O governador destacou a preocupação com as áreas de encostas de morros, onde o solo está encharcado, aumentando os riscos de deslizamentos, especialmente na Serra Gaúcha e na região dos Vales.
Ele também alertou para os perigos na região sul do estado, onde o lago Guaíba continua seu curso. O governador pediu aos moradores que evitem retornar às suas casas e que se mantenham vigilantes, especialmente nas áreas de risco.
A Defesa Civil também emitiu alertas sobre a elevação dos níveis do rio Jacuí, com a possibilidade de ultrapassagem do volume de inundação registrado na última semana. As áreas mais críticas incluem o delta das bacias próximas de Eldorado do Sul, Guaíba, região das Ilhas, Canoas e Nova Santa Rita, onde se encontram os Rios Sinos e Jacuí, além da zona norte de Porto Alegre.
Uma nova projeção da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) indicou que a cheia poderia atingir 5,50 metros entre segunda (13) e terça-feira (14), devido às chuvas que afetam o estado neste final de semana. O pico de cheia do Guaíba registrado nas últimas semanas foi de 5,30 metros no último domingo (5), baixando para 4,56 metros no sábado (11) e subindo novamente neste domingo (12).
Os dados mais recentes da Defesa Civil do Rio Grande do Sul revelam que a maior enchente da história no estado já afetou mais de 2 milhões de pessoas em 447 municípios, o que representa 90% das cidades gaúchas. O número de desalojados chegou a 538.743, enquanto os óbitos confirmados permaneceram em 143.
Outros números do informativo incluem 81.200 pessoas em abrigos, 806 feridos, 125 desaparecidos, 76.399 pessoas resgatadas, 10.555 animais resgatados, além de um efetivo de 27.589 pessoas, 4.398 viaturas, 41 aeronaves e 340 embarcações mobilizadas nas operações de resgate e assistência